“Em 1996, Vera Mantero, Clara Andermatt, João Fiadeiro e Paulo Ribeiro codirigiam, a convite de Jorge Salaviza, o projeto Quatro árias de ópera para o Ballet Gulbenkian. O desafio era simples: habitar um espaço cénico desenhado pelo arquiteto Álvaro Siza, sob o ritmo de quatro árias de Callas. Vinte anos depois, a partir do desejo partilhado de se (re)encontrarem, o desafio não podia ser maior: serem dirigidos pelo jovem coreógrafo João dos Santos Martins, que nasceu na transição dos anos 80 para os anos 90, na exata altura em que emergiu o movimento da Nova Dança Portuguesa. João dos Santos Martins tem dado atenção às questões da memória e do arquivo e tem refletido sobre a forma como a coreografia e a dança estabelecem padrões ideológicos. Com este desafio, o coreógrafo tem a tarefa de lhes perguntar se estão disponíveis para se colocarem em questão, desviando-se dos processos que cultivam e dominam. Reencontro será por tudo isso um evento único, raro e precioso, onde os corpos destes bailarinos-coreógrafos, todos na casa dos 50, serão convidados a sair das suas zonas de conforto para se encontrarem na terra de ninguém e que, por isso mesmo, é de todos nós.”
Programa Teatro Viriato
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