O mundo está constantemente a escapar-nos. O presente é um lugar de disputa entre o passado vivido e o futuro por vir. Como pensar o corpo e o seu movimento como um rastro e ao mesmo tempo uma projecção? Uma tentativa de curvar o tempo para a frente e para trás em simultâneo, como um processo de memória e de devir. Habitar uma temporalidade espiralar na qual o corpo vibra em escuta profunda, contra a linearidade e o separatismo espacial. Desarmar as categorias de sujeito e de objeto para ser-se movido por algo além de si mesmo. Um esforço de convivência de linguagens entre movimento e voz que ressoam e fazem o corpo transbordar enquanto textura, sensualidade e sensação, expandindo-se a uma condição imanente, movendo-se em direção à carne.
Por: João dos Santos Martins
Com: Adriano Vicente, Ana Rita Teodoro, Connor Scott, João dos Santos Martins, Natacha Campos, Noel Quintela, Sofia Kafol e Teresa Silva
Guarda-roupa: Constança Entrudo com a equipa Jimena Gonzalez, Alicia Serra, Sofia Braga
Luz: Joana Mário e Filipe Pereira
Som: Ricardo Nascimento
Música: a partir de "Horse Sings from Cloud" (1975) de Pauline Oliveros
Apoio vocal: Joana Nascimento
Produção e administração: Lysandra Domingues e Sofia Lopes | Associação Parasita & Association Mi-Maï
Coprodução: Associação Parasita, Culturgest, DDD — Festival Dias da Dança
Residências: Espaço Parasita, Estúdios Victor Córdon, O Espaço do Tempo, PRO.DANÇA
Agradecimentos: Andrea Rodella, Alina Folini, Dani Issler, David Marques, Luísa Saraiva, Ritó Natálio, Rodrigo Teixeira, Rui Dâmaso